MAIS UM ANO CHEGANDO É TEMPO DE PENSAR!
Final de ano é tempo de festa e celebrações, mas também é tempo de reflexão de analises e recomeço.
Com o findar de um ano completa-se um ciclo, e naturalmente ficamos felizes por termos vencido mais uma etapa e ” nasce a esperança” que o próximo ano nos reserve sempre dias melhores.
Essa expectativa de felicidade foi construída desde o homem primitivo com a finalidade de aumentar nossas chances de sobreviver. Os rituais de final de um ciclo, ou de final de ano, são muito antigos na história humana. O nosso cérebro tem processos automáticos que rejeitam o sofrimento de dor e buscam o prazer. Nos sentirmos felizes se temos expectativas positivas que nos fazem depositar desejos para o próximo ciclo. Segundo disse o psicólogo e escritor americano Robert Wright, num artigo escrito para a revista Time: “As leis que governam a felicidade não foram desenhadas para nosso bem-estar psicológico, mas para aumentar as chances de sobrevivência dos nossos genes a longo prazo”. Logo, o final de ano é um destes momentos de reforço da alegria e de reforço da esperança.
E mais um ano que se encerra e outro que vem pela frente. O desafio maior e saber diferenciar aprendizados dos erros. O primeiro devemos absorve-lo aprimorar e levar e para o próximo ano. Já com segundo devemos aprender e não repetir o erro no próximo ano.
Um caminho para uma reflexão honesta de fim de ano, assim como os planos para o próximo período, é procurar ser feliz não só nesta época de fim de ano, mas sempre. A pesquisa interior que cada indivíduo pode e deve fazer para buscar o seu propósito de vida, “o significado”, deve ser realizado consigo próprio, com os que o rodeiam, trabalhando as perdas e dificuldades e transformando-as em lições e crescimento pessoal, e devem ser feitas em qualquer época da vida e não somente nesses momentos de final de ano.
Desde os tempos antigos, o ser humano procura através da religião respostas para o significado da existência. Segundo o sociólogo e filósofo francês David E. Durkheim, no homem primitivo havia uma noção não muito precisa de que existia algo superior à individualidade. Esta coisa seria a força da sociedade anterior, que sobrevivia e à qual, sem saber, rendiam culto. Se o termo for tomado num sentido amplo, pode-se compreender que esta força era o deus adorado em cada culto totêmico. Posteriormente a noção primitiva, a concepção de divindade evolui com a própria evolução do ser humano chegando-se às Cosmovisão atuais oferecidas pelas principais religiões. Mas a religião oferece muito mais do que respostas quanto ao significado da existência. Diversas pesquisas demonstram o poder benéfico da religião na vida das pessoas, como um estudo publicado por Jeff Levin, um epidemiologista da religião, que apresentou os seguintes resultados: as pessoas que assistem regularmente a serviços religiosos têm taxas mais baixas de doenças e de mortalidade do que aquelas que não frequentam regularmente esses serviços.
O significado da vida pode também ser buscado por outros caminhos. O filósofo alemão Martin Heidegger enfatiza o processo ou mecanismo de “afastar-se de si próprio”, que é feito imperceptivelmente quando somos contaminados em nossa essência por valores, verdades, desejos e necessidades que não são nossos, e em determinado momento não conseguimos mais nos reconhecer e perdemos o nosso significado. Este mecanismo, infelizmente, é muito utilizado na sociedade de consumo atual. O psiquiatra e psicanalista Carl Gustav Jung, que fundou a psicologia analítica, nos aponta outro caminho, o de nos “apoderarmos de nós mesmos”, nos tornarmos pessoa. Como podemos perceber desde os primórdios sempre buscamos um sentido para nossa existência, buscarmos sempre a nós mesmos, e buscamos ter um encontro feliz conosco.
Acredite na sua capacidade, se respeite! Cuide de ser feliz, corra atrás dos seus sonhos e desejos. Olhe para o ano que passou com Gratidão, Agradeça pelas nítidas evidencias de que com coragem se vence as dúvidas, que a esperança supera o desespero, que a fé e o amor se sobrepõe a sofrimento, e carregue a certeza de que o novo ciclo que vem será melhor.
A mensagem que deixo, é o desejo que alcancem o equilíbrio de três pontos: o prazer que não escraviza, ao contrário delicia; o envolvimento que não esgota, mas energiza; e o significado da existência que nos tira das trevas, e como a luz nos ilumina o caminho.