BREVE RELATO DO CAPÍTULO : CRISE E TRANSFORMAÇÃO
LIVRO: O PONTO DE MUTAÇÃO – FRIJOT CAPRA
O livro e capaz de te fazer querer pensar diferente. De querer estar no vértice da mudança.
O que ele propõe é que estamos em constante mudança de pensamento, e o que insistimos em carregar como verdade pode não ser mais o que precisamos entender.
Ele faz um breve resumo histórico de várias ciências, tais como: Física, Química, Biologia, Medicina, Psicologia, Economia, Ecologia etc. e tal; isso exige do leitor algum conhecimento dessas ciências. Mostra também como tais ciências se relacionam entre si e são interdependentes; mostra como todas elas influem na existência de todo o cosmo e na vida humana, o que é a essência do livro.
O ponto de mutação” divide-se em quatro capítulos: Crise e transformação, Os dois paradigmas, A influência do pensamento cartesiano-newtoniano e A nova visão da realidade. Tem como objetivo central esclarecer a dinâmica da crise da nossa cultura e apontar saídas para a situação atual.
“O ponto de mutação” poderia ser representado pelo momento em que, em meio ao declínio de uma’ civilização, surge, nasce, uma outra forma de cultura.
No primeiro capítulo – Crise e transformação -, o autor faz uma descrição panorâmica da crise mundial.Crise no modo de vida em sociedade, na qualidade do meio ambiente e da saúde, das relações sociais, da economia, da tecnologia, da política e a ameaça de guerra nuclear. Além da poluição atmosférica, são muitos os riscos aos quais está exposta a saúde do homem, ameaçada pela água e pelos alimentos, uma e outros contaminados por uma grande variedade de produtos químicos tóxicos.
Quanto ao aspecto psicológico, a depressão grave, a esquizofrenia e outros distúrbios de comportamento parecem brotar de uma deterioração paralela do ambiente social. Existem numerosos sinais de desintegração social, incluindo o recrudescimento de crimes violentos, acidentes e suicídios; o aumento do alcoolismo e do consumo de drogas; e um número crescente de crianças com deficiência de aprendizagem e distúrbios de comportamento. O aumento de crimes violentos e do suicídio de pessoas jovens é tão elevado que foi classificado como epidemia.
Além destas disfunções, o autor aponta também para os desequilíbrios econômicos, como por exemplo, inflação galopante, desemprego maciço e distribuição acentuadamente desigual da renda e da riqueza, em nível mundial.
São muitas as transições por que passa a cultura ocidental atualmente* A primeira deve-se ao declínio do patriarcado; a segunda, ao declínio da era do combustível fóssil e a terceira, à mudança de paradigma – profunda mudança no pensamento, percepção e valores que formam uma determinada visão da realidade.
A filosofia chinesa representa papel importantíssimo para se entender estas transições. Dentro desta perspectiva, a realidade é entendida como um processo contínuo de fluxo e mudança. Os ciclos seriam demarcados por limites, que na verdade são dois polos opostos e complementares: Yin e Yang.
O Yin corresponde à atividade receptiva, consolidadora, cooperativa, e o Yang, à atividade agressiva, competitiva e expansiva.
O momento decisivo está prestes a ocorrer e marca, entre muitas outras coisas, uma inversão na flutuação entre o Yin e o Yang. Como diz o texto chinês: “O Yang tendo atingido seu clímax, retira-se em favor de Yin”.
E para finalizar, o que ficou mais forte para mim e que Capra fala sobre a tradição chinesa e do Ying / Yang. Relaciona esses termos com a mudança que está ocorrendo no mundo e sobre os possíveis boatos, que desde muito antes nos perseguem, sobre o fim do mundo.
Para ele, estamos entrando em uma nova fase, fase em que a predominância será do sexo feminino. Passa sobre todos os aspectos da nossa sociedade, educação, medicina, política e economia. Explica, se baseando na questão da prevalência da masculinidade em nossa sociedade durante milhares de anos, sobre as crises econômicas e todas as outras.
O autor traz um conceito que eu admiro muito. Diz ele que toda queda precede uma ascensão. Assim é a vida. Ciclos. Uma sociedade chega a seu “auge” (em termos tecnológicos, científicos, etc.) para então cair, mudar, quebrar para consertar de maneira melhor.