Mito de Sísifo

 

 

O mito de Sísifo, considerado o mortal mais astuto de sua época, narra a história deste homem (o primeiro rei de Corinto) que ficou conhecido como um dos maiores ofensores dos deuses gregos.

De acordo com a lenda, após desrespeitar as ordens de Zeus, deus dos deuses, este mandou Tânato, o deus da morte, levar Sísifo para o Tártaro – terra dos mortos do mundo inferior que era reinado por Hades.

Sísifo, no entanto, enganou Tânato, elogiando sua beleza e oferecendo-lhe um colar. Este colar era na realidade uma coleira, fazendo com que Sísifo conseguisse manter a morte como sua prisioneira. Assim, durante este tempo, nenhuma pessoa na Terra podia morrer.

Hades, ao descobrir o ato de Sísifo, ficou muito irado e libertou Tânato, ordenando que este levasse o rei de Corinto imediatamente para o mundo dos mortos.

Ao se despedir de sua esposa antes de ir para a terra dos mortos, Sísifo pediu-lhe para que não enterrasse o seu corpo, pois tinha um plano.

Ao chegar ao Tártaro, o esperto rei suplicou para que Hades deixasse ele voltar ao mundo dos vivos, alegando que a sua esposa ainda não tinha enterrado o seu corpo e precisava pedir para que ela fizesse isso rapidamente.

Hades acabou por conceder o desejo de Sísifo e permitiu que ele voltasse ao mundo dos vivos por um dia. Porém, o rei enganou a morte pela segunda vez e fugiu com a sua esposa.

Por fim, Zeus conseguiu capturá-lo e, por ter enganado e despertado a ira dos deuses, foi condenado a passar a eternidade empurrando uma pedra até o cume de uma montanha. No entanto, sempre que a pedra estava prestes a chegar ao seu objetivo, rolava montanha abaixo e Sísifo tinha que voltar a executar o trabalho todo novamente.

A partir deste episódio, atualmente, quando alguém diz que tem um “trabalho de Sísifo” é porque possui uma tarefa impossível ou interminável para cumprir.

 

No século XX, um autor do movimento conhecido como “existencialismo”, Albert Camus, retomou o mito para explicar a condição humana e promover o que ficou conhecido como “A revolta metafísica”. Explicava Camus que a vida dos homens era tal como o mito de Sísifo: seguir uma rotina diária, sem sentido próprio, determinada por instâncias como a religião e o sistema capitalista de produção. No mundo administrado, levantamos de manhã, trabalhamos, comemos, reproduzimos etc., e tudo isso não faz o menor sentido, já que se refere a modos de pensar que se impõem ao indivíduo sem que ele participe da estruturação desse modo de vida, como se não tivéssemos escolhas.

Ficando o alerta para a compreensão sobre a liberdade e a responsabilidade humana com relação à sua vida, ao seu mundo e as suas escolhas, e a importância de se buscar  propósitos concreto.

Para Camus, o momento chave no castigo de Sísifo está naquele instante em que a pedra rola monte abaixo e Sísifo sabe que ele deve ir atrás dela e tentar, em vão como sempre, empurrá-la para o alto do monte e além… este é o momento da consciência adquirida.

Cada um de nós deve, em algum momento, vislumbrar o conhecimento e chegar à conclusão de que não importa quão duro a gente trabalhe, estamos fadados a falhar no sentido de que mais cedo ou mais tarde morreremos.

Não seríamos todos Sísifos que fazemos de nossa vida diária uma enorme pedra que levamos ao topo de uma montanha para que role ladeira abaixo e volte a ser erguida no dia seguinte na rotina do trabalho que se repete sem variação ou renovação? – Não estaríamos empenhados num grande esforço, numa grande luta, num grande sacrifício que poderia não estar levando a nada como o sisifismo da mitologia? – Talvez nosso trabalho seja uma condenação e nossa vida uma tragédia rotineira.

 

Verena Kast diz que o mito de Sísifo é um mito mais ligado a pessoas de meia-idade; são elas que de modo muito especial, consideram o seu trabalho um trabalho de Sísifo, pela sua eterna repetição e, muitas vezes, por sua improdutividade. A imagem da pesada pedra que Sísifo tem de rolar morro acima, e pouco antes de atingir o topo, escorrega outra vez para o vale provoca em nós as seguintes reflexões: Acaso o trabalho do homem, em ultima analise, será vão? Ou existe algum sentido nesse esforço? Sísifo – A mesma pedra, um novo caminho, é um livro que responde a essas e a outras indagações, levando o leitor a compreender porque certos trabalhos se tornam “trabalhos de Sísifo” e o reajuste que se torna necessário quando estamos por demais ocupados com o absoluto e aceitando muito pouco a finitude da nossa existência.

Sísifo estava condenando no Hades a repetir uma tarefa inútil. E nós? Estamos condenados aos nossos próprios infernos? Será que devemos fazer da nossa vida um Hades interminável, repetindo coisas sem qualquer sentido? Não é errado trabalhar e nem acordar, dormir, comer e cumprir com os deveres diários; o errado, é a ausência de inteligência e discernimento, é achar que vida é somente isso, tornar tais tarefas como se fossem o verdadeiro sentido de tudo.

 

No Livro Sem medo de vencer, de Roberto Shinyashiki,  nós apresenta uma visão motivadora com a possibilidade de se atingir o topo da montanha. Apresenta como  reproduzimos o comportamento de Sísifo em nosso dia a dia, como deixamos a pedra rolar e também a possibilidade de como podemos colocar a vida em um ponto que nós permita a ficar no topo da montanha, sem o retorno ao início da caminhada.

Analisando as razões pelas quais muitas pessoas tentam obstinadamente, mas não conseguem atingir seus objetivos, percebe-se que muitas vezes as pessoas na ilusão de estar realizando sua vocação, seu propósito de vida, não conseguem colocar a pedra no topo da montanha, não completam suas propostas porque procuram soluções paliativas que acabam gerando mais problemas,  em seu dia á dia. E são alguns comportamentos  que caracterizam atitudes que nós fazem deixar a pedra rolar; são elas: maior preocupação com o esforço do que com o êxito; Não terminar o que começou; sempre recomeçando algo; falta de planejamento; quando planeja, não cumpre; não mantêm o ritmo; sempre a procura de soluções geniais; vivem no “quase”; procuram  não se comprometer; esquecem detalhes fundamentais; não mantêm compromissos.

Quando uma pessoa não consegue alcançar um objetivo, não é apenas uma meta que deixou de ser cumprida, mas, também, o reforço em sua auto imagem de ser alguém que não consegue fazer aquilo a que se propõe, e sua auto confiança vai minando aos poucos, e se definhando cada vez mais, levando-a ao sentimento de incapacidade, levando a desmotivação, e muitas vezes a desistência de seus planos e objetivos.

Todo ser humano deseja orientar sua vida com o propósito de elevar o seu ser, para alguns a montanha pode apresentar-se como uma miragem, sonhos impossíveis de serem atingidos.

Taibi Khaler, um psicólogo norte americano estudou as idealizações que as pessoas costumam desenvolver: ser perfeita, agradar sempre, ser forte, ser mais rápida, ser esforçada e chamou essas de miragens.

O segredo da vida não está em buscar a perfeição.
Está, sim, em praticar o equilíbrio!”

No livro Roberto Shinyashiki nós dá dicas de como chegar ao topo da montanha, onde é preciso estabelecer estratégias para colocar a vida em um ponto que não permita o retorno ao inicio do caminho: o primeiro passo é reconhecer que a própria pessoa é quem deixa a pedra cair, ela não é jogada. O segundo passo é perceber de que maneira a pessoa joga sua pedra montanha abaixo, aprender a se conhecer melhor, conhecer seus vícios, perceber os mecanismos que utiliza. O terceiro passo é aprender a colocar a pedra lá em cima, é preciso ter um método, e sobretudo conhecer as armadilhas do caminho.

Após a leitura deste livro comecei a reformular meus pensamentos e  comportamentos, e
rever conceitos, metas  e objetivos, e conclui que o  principal fator determinante do sucesso ou do fracasso é a atitude diante da vida, devemos estabelecer metas e realizá-las, deixando para trás pensamentos inconscientes de fracasso,  a vitória está dentro de cada um de nós.

Precisamos ter sempre diante dos desafios diários, a atitude de:

  • Antes de procurar soluções paliativas, procurar às resolutivas.
  • Preocupar-se com o êxito, não com o esforço;
  • Terminar o que começar;
  • Compreender que recomeçar sempre não é o caminho ou, a solução, não desistir… vencer os desafios;
  • Planejar;
  • Cumprir o planejado;
  • Manter sempre o ritmo;
  • Não existem soluções mágicas de última hora;
  • “Quase” significa nada;
  • Comprometer-me:  “Eu farei”… “Eu faço”….;
  • Estar atento à detalhes fundamentais;
  • Manter compromissos e cumpri-los.
  • Não preciso ser perfeito, agradar sempre, ser forte, o mais rápido ou esforçado.
  • Devo ser flexível, suficiente e eficiente!

Conclui  que precisamos acreditar em nosso sucesso e precisamos a cada dia nos dedicar para que possamos vencer nossas batalhas, (e muitas vezes essas são batalhas internas que travamos conosco mesmo), para alcançar nossos objetivos e chegar ao topo da montanha. Nunca desistir dos  sonhos, pois eles são o combustível que nos move,  nós alimenta e nós movimenta.

Se você sente que algo dentro de você o está impedindo de seguir em frente e de alçar novos vôos, e alcançar o sucesso, recomendo a leitura do livro:
“Sem Medo de Vencer” de Roberto Shinyashiki,   e Procure um Coach, que irá lhe conduzir para atingir  metas e objetivos, e te levar ao sucesso!

%d blogueiros gostam disto: